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Brazilian Journal of Infectious Diseases ; 26, 2022.
Article in Portuguese | EMBASE | ID: covidwho-1693845

ABSTRACT

Introdução: O vírus do Nilo Ocidental, inicialmente isolado em Uganda em 1937, constitui uma das arbovirose de maior distribuição atual (1). No Brasil, há registros de casos humanos apenas no Piauí, onde dez pessoas foram diagnosticadas de 2014 a 2020 (1). A transmissão ocorre pela picada de mosquito Culex e aves migratórias são os principais hospedeiros (1). Apenas 20 a 40% dos pacientes infectados cursam com sintomas, geralmente leves, como náusea, vômito, cefaleia, mialgia, exantema, febre e adinamia (2). Com maior gravidade, a forma neuroinvasiva cursa com encefalite, meningite ou paralisia flácida (2). O diagnóstico pode ser obtido por sorologia ou PCR séricos, mas na doença neuroinvasiva os testes também devem ser realizados no líquor (2). Objetivo: Relatar o primeiro caso humano de febre do Nilo Ocidental (FNO) diagnosticado em Minas Gerais. Descrição do caso: Paciente de sexo feminino, 78 anos, covid-19 confirmado há 19 dias, procurou atendimento informando diplegia facial, disfagia e tetraparestesia, com tetraparesia há 2 dias. Informa que sintomas gripais iniciaram 10 dias após vacinação covid-19, sendo medicada com sintomáticos, sem sinais de gravidade. Após liberação de isolamento, permaneceu com dor e parestesia em MMII, ascendente e progressiva. Nega fenômenos isquêmicos ou hemorrágicos, alergias, viagens recentes, porém identificou ave morta em quintal da residência. Hipertensa, em uso de losartana e metoprolol. Durante internação, houve piora do quadro neurológico, disfonia, tetraplegia e insuficiência respiratória. Foi tratada com imunoglobulina, esteve 18 dias internada, com melhora paulatina do déficit motor, disfagia e fala. Como parte da investigação de síndrome febril inexplicada com quadro neurológico, foi realizado rastreio de arboviroses no líquor, confirmando-se o diagnóstico de febre do Nilo Ocidental por PCR. Comentários: Como apenas 1-2% dos casos de FNO são diagnosticados, a vigilância e o rastreio de doenças neuroinvasivas por arboviroses permitem compreender a dinâmica de transmissão do agravo no Brasil, com vistas à suspeita, notificação, investigação e manejo adequado.

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